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Pandemia ainda afeta agendamento de cirurgia eletiva; médicos alertam para risco
Cirurgia de correção de miopia, retirada de hemorroida e laqueadura são exemplos de cirurgias eletivas. O Ministério da Saúde define como eletivas todas as cirurgias que não são de emergência, ou seja, não precisam ser feitas em um curto período de tempo quando a vida do paciente está em risco.
Com a pandemia da Covid-19, a realização deste tipo de procedimento ficou muito comprometida. E a normalização do atendimento ainda é incerta para 2021.
Devido à necessidade de internação na maioria das cirurgias, ficou praticamente inviável manter o fluxo normal destas operações no cotidiano do hospital: tanto pelo volume do trabalho dos médicos — que ficaram sobrecarregados com as hospitalizações do novo coronavírus e não tiveram disponibilidade para as intervenções — quanto pela segurança dos pacientes, que ficariam expostos à Covid-19 em ambiente hospitalar — ainda mais com as recentes variações do vírus.
O Hospital 9 de Julho, no centro de São Paulo, por exemplo, realizava 80 cirurgias por semana. Com a chegada do coronavírus, passou a fazer apenas 20. O diretor-executivo médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, também na capital paulista, Antonio da Silva Bastos Neto, afirmou que cerca de 40% do volume de internações no hospital antes da pandemia correspondia aos procedimentos eletivos.
Barra News PB -Luana Franzão*, da CNN, em São Paulo
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